"Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem...
O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.
Quando a gente abre os olhos,
abrem-se as janelas do corpo,
e o mundo aparece refletido dentro da gente.

Aprendemos palavras para melhorar os olhos.
As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor".

(Rubem Alves)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Verso do verde

                                                                                       Foto: Margareth Muniz




Seres elementais nas folhas em curva,
é o início de tudo.
Do dia, da vida, do universo.
É o verso do verde,
na água dos céus,
cantando no vento,
os sons do orvalho.


Júnior Darico

Entre a barra e a areia

                                                                                       Foto: Margareth Muniz




Minha consciência,
é um ponto, entre a barra e a areia.
Fim de tarde no tempo.
A areia, eu e a barra.
ah sim, e a água.


Júnior Darico

Deus e eu

                                                                                       Foto: Margareth Muniz




Um caminho me leva.
Na estrada, um túnel.
Suave tapete de folhas e desejos.
Aonde vou ?
Me embrenhar, porque a mata,
é Deus e eu.


Júnior Darico

Manhãs

                                                                                       Foto: Margareth Muniz




Aonde a visão alcança,
vê o mar verde solitário.
Borboletas,
são asas brancas em gotas de orvalho
na relva matinal.
Toda manhã no campo há um mar verde
e solitário.


Júnior Darico
                                                                                       Foto: Margareth Muniz




Vasta luz do campo.
Vão é o pensamento das distâncias.
E o meu olhar ?
Esse, vai longe quando necessário,
na paz profunda do vale que o sol esconde
atrás da sombra.


Júnior Darico