Primeiro vem o tempo de achar, depois o de seguir.
Depois desses, outros tempos,
até que venha um tempo só
e é o longo e solitário tempo de perdido.
Mas para isto é que a memória vale:
aí, nessa distância,
essa paisagem já não parecerá mais uma visão desconhecida,
terá apenas um ar familiar e antigo,
que nos lembra aquilo que existiu,
e foi nosso,
sem que soubéssemos que era nosso.
Será então o tempo de entender.
Lúcio Cardoso
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